Grupo com atuação similar ao ‘Escritório do Crime’ é alvo de operação do MPRJ 4uq4d
Quadrilha é acusada por execuções e comércio ilegal de armas e munições 4j1k2x

O Ministério Público do Rio deflagrou, nesta quinta-feira, 15, uma operação contra um novo grupo de matadores de aluguel, acusados de ao menos duas execuções a sangue frio e à luz do dia no estado do Rio. O grupo foi denunciado por organização criminosa armada, sequestro e comércio ilegal de armas de fogo e munição, que eram vendidos de maneira clandestina. De acordo com o MPRJ, a quadrilha atua nos mesmos moldes do que fazia o Escritório do Crime, grupo de assassinos chefiado pelo ex-PM do Bope Adriano da Nóbrega e que dominou o mercado obscuro das mortes encomendadas em território fluminense.
Ao todo, foram expedidos nove mandados de prisão. Cinco dos suspeitos na mira dos agentes, contudo, já estavam presos. Dentre os alvos, estão dois policiais militares, como o ex-PM Thiago Soares Andrade Silva, chamado também de “Ganso” e apontado como o chefe do grupo criminoso. A ação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ).
Na lista de crimes atribuídos ao grupo, estão duas execuções nas ruas de bairros da Zona Oeste carioca, em 2021. A quadrilha atuaria sob o comando de bicheiros — o que, como mostrou VEJA, tem ditado a lógica da criminalidade do estado.
No vácuo deixado pelo Escritório do Crime no submundo fluminense, grupos como o chefiado por “Ganso” têm buscado galgar posições. É o caso de outro bando, liderado pelo também ex-PM Rafael do Nascimento Dutra, o “Sem Alma”, mais um na mira de investigações policiais e em busca de ocupar o posto deixado pela quadrilha de Adriano da Nóbrega. Em comum entre essas quadrilhas, está a lógica que dita hoje a criminalidade do Rio: a relação entre a contravenção, milícias e os matadores.