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‘Me dá um dinheiro aí’, de Carlos Brickmann 1nq6

Publicado na coluna de Carlos Brickmann No Carnaval, os grandes vencedores, no quesito “Cadê o Meu?”, foram mais uma vez os bancos, num grandioso desfile patrocinado pelo Governo Federal. O dinheiro dos nove milhões de aposentados já estava em poder dos bancos na sexta-feira, 28 de fevereiro. O Governo transformou a segunda-feira de Carnaval, dia […] 304r4l

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 04h18 - Publicado em 9 mar 2014, 03h01

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

No Carnaval, os grandes vencedores, no quesito “Cadê o Meu?”, foram mais uma vez os bancos, num grandioso desfile patrocinado pelo Governo Federal. O dinheiro dos nove milhões de aposentados já estava em poder dos bancos na sexta-feira, 28 de fevereiro. O Governo transformou a segunda-feira de Carnaval, dia útil, em mais um feriado, exclusivo para o sistema financeiro. E o pagamento dos aposentados, que deveria começar a sair na segunda, foi liberado apenas a partir do dia 6. Nem vamos fazer as contas: só imagine quanto os bancos puderam faturar no overnight, aplicando o dinheiro que não era deles mas estava em seu poder. Por menor que seja a taxa, multiplicada por nove milhões é dinheiro.

Por que a segunda-feira de Carnaval deixou de ser dia útil? O INSS explicou que o calendário de 2014 foi fechado em 2013. E daí? Daí, nada. Em 2013, como em 2000, como em 1956, a segunda-feira de Carnaval cai na segunda-feira. E, a menos que mude de nome, continuará caindo na segunda todos os anos. Enfim, só há uma explicação: se os bancos podiam ganhar mais algum, por que tirar dos banqueiros, que como se sabe quase não têm lucro, a chance de faturar de novo?

A segunda de Carnaval virou feriado e assim o primeiro dia útil do mês, para recebimento, ou para a quinta, 6. Já as contas que venceram no dia 5 continuaram vencendo no dia 5; os aposentados que paguem juros nos empréstimos consignados, nos cartões, nos financiamentos. Mais uma vez, ganham os bancos. Na guerra do Governo contra a pobreza, a pobreza está perdendo de goleada.

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Bandeira branca
Mas, para que não se diga que os bancos faturam apenas graças ao auxílio do Governo, segue uma demonstração de que eles também sabem, sozinhos, descobrir o caminho do bolso dos incautos.

De acordo com levantamento do Idec, Instituto de Defesa do Consumidor, as anuidades de cartões de crédito subiram em um ano, em média, o triplo da inflação. O banco que mais elevou preços atingiu inacreditáveis 85%; houve quem elevasse a anuidade em 50%. Dos seis maiores bancos do país, só dois ─ ambos estatais, pertencentes ao Governo Federal ─ não elevaram as anuidades: Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Perdendo tempo
O debate sobre a legalidade da reunião de campanha entre Dilma, Lula, João Santana, Franklin Martins e outros políticos no Palácio da Alvorada é inútil. Em princípio, o Palácio da Alvorada, sendo a residência da presidente, não está sujeito à proibição do uso de edifícios públicos para campanha eleitoral. Pode-se discutir se o horário não era de expediente. Mas é outra bobagem: se a Justiça eleitoral considerar a reunião ilegal, vai multar o PT e/ou os políticos que estavam no palácio. Para um partido que já mostrou sua capacidade de arrecadação, que tem entre seus integrantes especialistas renomados na captação de recursos, a multa não fará a menor diferença.

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A oposição continua lutando a guerra errada.

O longo braço… 
Preste atenção, neste ano, na Campanha da Fraternidade da Confederação Nacional de Bispos do Brasil: Fraternidade e o Tráfico Humano. Os traficantes de gente tiram as pessoas de seu país e as escravizam sem referências, sem amigos, sem documentos, em situação ilegal, em outras regiões do mundo.

Só no Brasil, segundo a CNBB, há mais de 240 rotas de tráfico humano, que envolvem desde a prostituição forçada até, no caso de crianças e adolescentes, a remoção de órgãos para venda em casos de transplante ─ “e não se pode itir que seres humanos sejam tratados como mercadoria”, nas palavras do papa Francisco.

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… do papa
E por que essa campanha é mais forte que as demais? Por dois motivos: primeiro, porque o presidente da CNBB, cardeal d. Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida, SP, é especialista no tema, e vem forçando sua discussão há mais de dez anos; segundo, porque é ligadíssimo ao papa e tem apoio do Vaticano para propor providências ao Governo. D. Raymundo está com o prestígio em alta, a tal ponto que até o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, normalmente autossuficiente e avesso ao diálogo, decidiu colaborar com a campanha.

Descolando
Desta vez, vai ─ dizem: o processo da Varig contra o Governo, que se arrasta na Justiça há 21 anos, foi colocado em pauta pelo ministro Joaquim Barbosa, para exame na quarta-feira. Na época do Plano Cruzado, o preço das agens aéreas foi congelado, embora os custos, especialmente no Exterior, continuassem livres. A Varig estimou seus prejuízos em R$ 3 bilhões, atualizados para a moeda de hoje; e alega que essas perdas a levaram à quebra.

Agora, o pouco que restou da Varig não é o principal interessado na questão: quem se interessa são os aposentados, que recebiam complementação salarial pelo fundo de pensão dos aeroviários, Aeros, para o qual contribuíram durante toda a carreira. Pararam de receber há anos. O processo entrou em julgamento em maio de 2013. A ministra Carmen Lúcia, relatora, votou em favor da Varig. Mas Barbosa pediu vistas do processo, que ficou parado até agora. Se a Varig vencer e receber rapidamente a quantia, o pagamento aos beneficiários do Aeros será logo retomado.

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