Eduardo Bolsonaro celebra chance de sanção dos EUA a Moraes: ‘Venceremos’ 6u4d6x

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) celebrou a declaração do secretário de Estado americano, Marco Rubio, nesta quarta-feira, 21, de que os Estados Unidos avaliam a possibilidade de criar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por censura e violações a direitos humanos. “Venceremos!”, escreveu no X o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, minutos depois de o secretário do governo Donald Trump falar publicamente sobre a questão.

A possibilidade se daria pela lei Global Magnitsky Act, promulgada no Congresso americano em 2016 e que permite que o governo dos EUA sancione funcionários de governos estrangeiros implicados em abusos de direitos humanos em qualquer parte do mundo.

Rubio foi questionado sobre o assunto durante uma sessão Câmara de Representantes — equivalente à Câmara de Deputados no Brasil — nesta quarta. Quem fez a pergunta foi o deputado republicano Cory Lee Mills, eleito pelo estado da Flórida. “Isso está sob análise neste momento e há uma grande possibilidade de que isso aconteça”, respondeu o secretário.

A possibilidade de sanção dos EUA contra Moraes não é novidade, mas é a primeira vez que uma autoridade do governo dá uma declaração sobre isso. No final de fevereiro, os deputados americanos Rich McCormick, eleito pela Geórgia, e Maria Elvira Salazar, da Flórida, pediram a Rubio e ao próprio Trump que usassem a Global Magnitsky Act para sancionar Moraes.

A avaliação de Rubio pera também pelo próprio posicionamento crítico dele às ações de Moraes na Suprema Corte brasileira. Quando o ministro determinou o bloqueio do X, antigo Twitter, no país, por exemplo, Rubio, que ainda era senador, durante o governo Biden, disse que a decisão era uma “manobra para minar as liberdades básicas” no Brasil.

Além disso, Rubio tem uma boa relação política e de amizade com Eduardo Bolsonaro e está alinhado ao grupo dos conservadores e de extrema direita no Brasil.

Moraes é criticado abertamente por esse grupo por ter conduzido as eleições presidenciais de 2022, no comando do Tribunal Superior Eleitoral, quando atuou contra quaisquer tentativas de desmoralização do sistema eleitoral brasileiro, e também por estar conduzindo ou relatando os processos judiciais referentes à tentativa de golpe de estado que teria ocorrido entre o final de 2022 e o início de 2023.

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