Nikolas diz que pedirá impeachment de Dino por fala no Maranhão 6p2n6x

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que vai entrar com um pedido de impeachment do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o deputado, o magistrado estaria “interferindo” no xadrez político do Maranhão, seu estado de origem, o que poderia ser configurado como crime de responsabilidade.

O motivo da indignação do deputado bolsonarista foi uma declaração de Dino desta quarta-feira, 14, durante uma aula magna, “sugerindo” a um pré-candidato ao governo pelo PT (Felipe Camarão) uma professora como vice, para que a chapa se tornasse “imbatível”. A fala foi feita em tom de brincadeira.

“Dino está interferindo diretamente na disputa política do Maranhão enquanto ministro do STF, cometendo assim, crime de responsabilidade. Diante disso, entrarei imediatamente com um pedido de impeachment no Senado e no Conselho Nacional de Justiça. O Judiciário deve ser imparcial, não um comitê eleitoral”, disse Nikolas nas suas redes sociais.

Em uma aula magna realizada no Maranhão sobre “STF e harmonia entre os poderes”, Flávio Dino sugeriu os nomes dos candidatos para a chapa de Governador e Vice do Estado. Para não dizer que estou “criando caso”, o atual Governador do Estado publicou uma nota dizendo que “Esse não…

— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) May 12, 2025

O impeachment de ministro do Supremo, apesar de ser virtualmente lícito, não tem grande finalidade prática. Desde que a Corte foi criada, nenhum pedido ou das primeiras etapas. Na atual composição da Corte, o campeão de pedidos de impeachment no Senado é o ministro Alexandre de Moraes, que tem mais de oitenta solicitações contra si. Até hoje, nenhum presidente do Senado chegou a pautar a matéria — o que é um dos motivos pelos quais o bolsonarismo ambiciona ter maioria na Casa em 2026.

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Essa não foi a única declaração de Dino que provocou a ira da direita nesta quarta. O magistrado defendeu a decisão do Supremo que se negou a suspender totalmente a ação penal de tentativa de golpe de estado contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O ministro disse que não houve, por parte do STF, interferência em outros poderes.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ingressou com uma ação pedindo que a Corte reveja essa decisão, pedindo que os votos dos 315 deputados a favor de Ramagem sejam “respeitados”.

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