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Por Felipe Branco Cruz

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Cultura

Paralamas do Sucesso mantêm relevância como uma das maiores bandas do país 2h4p1d

Trio fez show neste sábado, 31, para cerca de 50.000 pessoas no Allianz Parque, em São Paulo 5d6k4

Por Felipe Branco Cruz SEGUIR SEGUINDO 1 jun 2025, 15h46

Os Paralamas do Sucesso se apresentam para 50.000 pessoas no Allianz Parque, em São Paulo (31/05/2025) (@pridiabr/Divulgação)

Há 24 anos, quando Herbert Vianna sofreu um acidente aéreo que resultou na morte de sua mulher, Lucy, e o deixou paraplégico, parecia que os Paralamas do Sucesso, uma das bandas mais bem-sucedidas do rock nacional, havia chegado ao fim. Formada em 1982, o trio contava com 19 anos de carreira e uma fila intermináveis de hits. Mais de duas décadas se aram, novos sucessos surgiram e o grupo segue na estrada, agora celebrando 40 anos de carreira. O que parecia o fim se tornou, na realidade, um divisor na carreira da banda. Hoje, eles têm mais tempo de estrada pós-acidente do que antes – e sem planos para parar. Exibindo um vigor pouco comum em grupos que já aram por tantas provações, os Paralamas mostraram para as cerca de 50.000 pessoas que estiveram no Allianz Parque neste sábado, 31, que ainda têm muita lenha para queimar.

Quando às 21 horas Herbert Vianna entrou no palco em sua cadeira de rodas, levado com afeto pelos dois colegas, Bi Ribeiro e João Barone, o público até poderia supor que o trio pegaria leve para evitar sobrecarregar Vianna. Bobagem. O vocalista, apesar de tudo, enfileirou solos de guitarra e cantou incansavelmente durante as quase duras horas de show e 36 músicas. O que se ouviu foi uma bela retrospectiva da carreira do trio, cujo som sempre se caracterizou por uma mistura de ska, reggae, rock e samba. O resultado foram canções com letras ora divertidas, vide Óculos e Melô do Marinheiro, ora carregadas de crítica social, tal qual Alagados, O Calibre e Selvagem.

Canções românticas também tiveram espaço, como hits incontornáveis da carreira, como Mensagem de Amor, Tendo A Lua, Ela Disse Adeus e Meu Erro. Ao lado dos Titãs, os Paralamas também se tornaram uma das bandas que mais olhou para o rock da América Latina, tocando versões de Fito Paéz (Trac-Trac) e Los Pericos (Loirinha bombril). Ao final, o grupo convidou Dado Villa-Lobos e André Frateschi, que haviam feito o show de abertura, para tocarem juntos a música Que País é Esse, do Legião Urbana.

Ao contrário de artistas que anunciaram turnês de despedidas nos últimos anos e com isso lotaram estádios com fãs ávidos por assistir o que poderia ser a sua última oportunidade de assisti-los ao vivo, os Paralamas seguem na estrada fazendo shows em todo o Brasil e no exterior. Nos últimos anos, por exemplo, eles se apresentaram em grandes festivais como Lollapalooza e Rock in Rio. A iniciativa de se apresentarem em um estádio – e lotarem o lugar – prova que o trio mantém sua relevância e força no país, mesmo entre os jovens, que eram a maioria do público por lá. Depois de São Paulo, eles seguem para o Rio de Janeiro (07/06), Porto Alegre (28/07) e Belo Horizonte (30/08).

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