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Inflação no Natal: por que alimentos estão mais caros e presentes, mais baratos

De acordo com índice da Fipe, cesta natalina fechará o ano de 2024 com alta de 9,16%

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 dez 2024, 19h41

Com a chegada do mês de dezembro, os brasileiros se planejam financeiramente para realizar as compras natalinas, desde os alimentos para a ceia até os presentes para familiares e amigos. Em 2024, o fenômeno observado pelo mercado é a inflação dos preços dos itens tradicionais da cesta de Natal, enquanto os produtos que servem como presentes apresentaram queda em seus valores ou até descontos frequentes. Segundo a prévia do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), a cesta natalina fechará o ano com alta de 9,16%: em novembro, o seu preço médio ficou em 439,30 reais, ante 402,45 reais no mesmo período de 2023.

Os resultados deram-se principalmente pelo aumento nos valores do azeite de oliva, lombo, suco de laranja e filé mignon, que lideram o ranking de alta nos preços. De acordo com o estudo, o azeite, especificamente, ficou 21,3% mais caro em um ano. Já o quilo do pernil com osso inflacionou 19,72% e o suco de laranja, 16,19%. O quilo do filé mignon, por sua vez, teve um salto de 16%. Ele não faz parte da cesta tradicional, mas tem seu consumo ampliado na época natalina por conta da sazonalidade do alimento, conforme explica Guilherme Moreira, coordenador do IPC-FIPE.

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Ranking dos alimentos que mais sofreram com o aumento de preços (FIPE/Divulgação)

Por que se deu a inflação?

Esses números têm razões principalmente climáticas, que têm a ver com as secas em regiões produtoras desses insumos. No caso do azeite, o Brasil depende de importações vindas majoritariamente de Portugal e Espanha, que tiveram suas colheitas de azeitonas drasticamente reduzidas devido ao clima europeu. A carne suína, por sua vez, viu sua oferta diminuir também por motivos da seca e pela redução de animais abatidos, em detrimento da exportação do produto. A laranja, assim como os demais alimentos, sofreu com o clima desfavorável sobre suas safras.

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Aquecimento do comércio brasileiro

Por outro lado, os presentes apresentaram diversas promoções no final do ano, impulsionadas pela Black Friday 2024 e pela expansão cada vez maior do setor de e-commerce. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mais de 132,9 milhões de brasileiros planejam efetuar compras no Natal deste ano, fazendo com que a data movimente aproximadamente 74,6 bilhões de reais na economia do país. Segundo o levantamento, 81,4 milhões desses consumidores — equivalente a 50% dos clientes que planejam adquirir algum produto — pretendem fazer as aquisições pela internet.

Esses dados se dão em um contexto em que boa parte dos brasileiros aproveitou as promoções da Black Friday para adiantar a aquisição dos presentes natalinos, principalmente por meio do pagamento da primeira parcela do 13º salário. Segundo a BigDataCorp, houve uma redução de 83,3% na média dos preços gerais em novembro quando comparados à média dos preços em setembro de 2024. Além da redução de preços expressiva nas categorias de eletrônicos e eletrodomésticos, lojas de joias e roupas como a Vivara e a Hering destacaram-se pelas suas promoções no começo do mês de dezembro.

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