Sabesp quer aumentar teto de remuneração para executivos em 600%, colocando cifra em R$ 65 milhões

Após a privatização, empresa de saneamento quer alinhar suas práticas com as do mercado

Por Felipe Erlich SEGUIR SEGUINDO 9 abr 2025, 11h36

Reservartório da SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) (VEJA.com/Divulgação)

A Sabesp quer aumentar substancialmente o teto de remuneração para diretores e membros dos seus conselhos de istração e fiscal. Privatizada em 2024, a empresa paulista de saneamento vai apresentar uma nova política de remuneração na assembleia geral marcada para o dia 29 de abril. Segundo documento interno da empresa obtido pelo jornal Folha de S. Paulo, a mudança estabelece um limite de 65 milhões de reais para a remuneração do exercício que acaba em 2025. Trata-se de uma disparada de 600% em relação aos 9,1 milhões de reais pagos aos executivos no ano anterior. Atualmente, a Sabesp possui seis diretores, cinco conselheiros fiscais e nove membros em seu conselho de istração, que dividem o montante em questão. O pagamento do teto de 65 milhões de reais está condicionado a metas de desempenho, como a geração de caixa da empresa de saneamento. A mudança aproxima a gestão da Sabesp da prática mais comum em grandes empresas privadas, nas quais a maior parte dos rendimentos dos executivos não vem de salários, mas de valores variáveis.