Cessar-fogo na Ucrânia pode acontecer ainda este ano, diz chefe da inteligência militar 2z1v54

Kirill Budanov afirmou que há clima 'favorável' para uma trégua em 2025, mas diz ter incertezas quanto à sua eficácia; Ideia não é consenso em Kiev 92i1s

Por Redação 20 fev 2025, 16h13

O chefe da inteligência militar da Ucrânia, Kyrylo Budanov, está participando do Kyiv Stratcom Forum 2024 em Kiev, Ucrânia, em 27 de março de 2024, enquanto a Rússia continua seu ataque à Ucrânia. (Maxym Marusenko/Getty Images)

O chefe da Inteligência Militar da Ucrânia, Kirill Budanov, afirmou nesta quinta-feira, 20, que um cessar-fogo na guerra com a Rússia poderia acontecer ainda este ano, embora tenha feito ressalvas quanto à sua viabilidade e eficácia.

Em entrevista transmitida no YouTube, Budanov disse que há condições favoráveis para que um acordo seja alcançado. “Acho que vai acontecer. Existem a maioria dos componentes necessários para que isso aconteça”, afirmou. Apesar de sua postura otimista, ele evitou fornecer detalhes sobre como o processo poderia se desenrolar, ressaltando as incertezas envolvidas.

A posição de Budanov não reflete um consenso entre as autoridades ucranianas. O governo ainda permanece cético, temendo que Moscou use uma pausa nas hostilidades para rearmar suas forças e se preparar para novos ataques.

O cenário político internacional também tem influenciado as discussões sobre um possível cessar-fogo, especialmente após o retorno de Donald Trump à Casa Branca, que prometeu um fim rápido para a guerra.

Trump tem se mostrado favorável a uma resolução rápida do conflito, o que gerou receios em Kiev e em várias capitais europeias. A ideia de um acordo desenhado entre ele e o presidente russo, Vladimir Putin, soou alarmes devido às concessões que se indica fazer à Rússia, sem considerar adequadamente a segurança da Europa.

Autoridades ocidentais avaliam que esse tipo de acordo poderia recompensar o Kremlin pela invasão, deixando Putin livre para ameaçar a Ucrânia novamente ou outros da esfera ex-soviética no futuro.