Japão denuncia presença de navios de guerra chineses em suas águas pela 1ª vez 3u1w16
Embarcações entraram na chamada zona contígua do Japão, perto de um grupo de ilhas desabitadas próximas a Taiwan disputadas pelos países 2e412r

Um porta-aviões e dois navios de guerra chinês navegaram entre duas ilhas japonesas próximas a Taiwan pela primeira vez nesta quarta-feira, 18, de acordo com o Ministério da Defesa de Tóquio.
As embarcações entraram na chamada zona contígua do Japão — águas internacionais que se estendem por 22 quilômetros além do mar territorial japonês. A agem ocorreu em uma hidrovia de apenas 65 km de largura, perto de um grupo de ilhas desabitadas disputadas pelo Japão e pela China.
O Ministério da Defesa de Taiwan informou que o porta-aviões Liaoning e dois destróieres de mísseis classe Luyang III foram avistados navegando próximo em direção à ilha de Yonaguni, a cerca de 110 km de distância da costa leste de Taiwan.
“Esta é a primeira vez que um porta-aviões pertencente à Marinha Chinesa foi confirmado navegando pelas águas entre Yonaguni e Iriomote”, disse o ministério japonês um comunicado.
De acordo com a lei internacional, navios estrangeiros podem transitar pela zona contígua, embora o Japão possa tomar medidas se as embarcações entrarem em suas águas territoriais.
Tensão entre China e Japão 3n1u24
A movimentação chinesa ocorre um mês após o Japão apresentar um protesto formal contra a entrada de um navio de pesquisa da Marinha chinesa em suas águas territoriais e poucos dias depois da primeira incursão de uma aeronave militar chinesa no espaço aéreo japonês, classificada por Tóquio como uma “violação séria” de sua soberania.
O Ministério das Relações Exteriores de Pequim, por sua vez, minimizou os eventos anteriores, classificando a navegação realizada no mês ado como “legal” e pedindo que Tóquio não “interprete em excesso” as ações.
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar concede às embarcações — incluindo navios de guerra — o direito de “agem inocente”, que permite a navegação pelas águas territoriais de outros países, desde que não envolvam atividades que possam colocar em risco a “paz, a boa ordem ou a segurança” do estado costeiro.
Em julho, o Japão alertou que a possibilidade de uma “situação grave” semelhante à invasão da Ucrânia pela Rússia ocorrer no Leste Asiático “não pode ser descartada”.