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IBGE: mortes por câncer avançam 7,7% em quatro anos e pressionam sistema de saúde 4g4c34

Desigualdades no o a diagnósticos e envelhecimento populacional estão entre os fatores que agravam as taxas de mortalidade por doenças crônicas no Brasil 6e2t10

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 dez 2024, 18h07

O Brasil está enfrentando uma mudança no perfil das principais causas de mortalidade, segundo novos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 4. Entre 2019 e 2023, as mortes por câncer aumentaram 7,7%, destacando-se como uma das principais causas de óbito, junto às doenças do aparelho circulatório, causas externas (como violência e acidentes) e infecções respiratórias.

Com 15,8% da população brasileira acima de 60 anos, o envelhecimento é um dos motores do aumento de doenças crônicas, como câncer e problemas cardíacos. A expectativa de vida ao nascer chegou a 76,4 anos em 2023, enquanto a taxa de fecundidade total caiu para menos de dois filhos por mulher. Esse cenário reflete a transição demográfica e epidemiológica do país, onde doenças não transmissíveis agora superam, em número de óbitos, condições infecciosas que antes dominavam o panorama.

“Esse crescimento é associado ao envelhecimento da população brasileira, que está se dando de forma muito mais rápida em comparação a outros países”, destaca o analista socioeconômico do IBGE, Jefferson Mariano que também ressalta que as neoplasias malignas tiveram crescimento em todas as faixas etárias, mas o impacto é mais evidente nos idosos.

Desigualdades no o à saúde 3u3o5a

O impacto das causas externas, como violência e acidentes, expõe desigualdades marcantes na saúde brasileira. Entre homens pretos ou pardos, por exemplo, a taxa de mortalidade por causas externas até os 44 anos é 2,7 vezes maior que entre homens brancos. Já entre as mulheres, as disparidades se manifestam em doenças crônicas: mulheres brancas apresentam maior mortalidade por câncer entre 30 e 69 anos, enquanto doenças do coração são mais frequentes nas pretas e pardas.

“Episódios de violência policial e outras formas de agressão estrutural são indicadores do impacto das desigualdades sociais na mortalidade já que atingem desproporcionalmente a população preta e parda“, exemplifica Mariano.

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A infraestrutura de saúde também apresenta desafios regionais e econômicos. Apesar do aumento de 30% no número de tomógrafos entre 2019 e 2023, segundo o IBGE, a distribuição desses equipamentos permanece desigual. Estados como o Acre e Roraima têm índices muito inferiores à média nacional, dificultando diagnósticos precoces de doenças como o câncer.

Além disso, houve uma redução de 19,3% nos leitos hospitalares da rede privada. Já no Sistema Único de Saúde (SUS), houve um aumento de 2% nos leitos de internação, mas o índice de 14,6 leitos por 10 mil habitantes ainda está aquém das necessidades crescentes da população.

Impacto das infecções e da pandemia de covid-19 1l3u3d

Doenças respiratórias, como gripe e pneumonia, continuam sendo causas frequentes de morte no Brasil, especialmente entre idosos e crianças. Entre 2019 e 2023, a covid-19 também deixou sua marca na mortalidade geral, causando um aumento expressivo de óbitos por doenças virais, que cresceram mais de 5.900% no período analisado.

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O relatório destaca que a pandemia não só sobrecarregou o sistema de saúde, mas também atrasou diagnósticos e tratamentos de outras doenças. Isso contribuiu para o aumento da mortalidade por câncer e outras condições crônicas, devido à falta de rastreamento adequado durante os anos críticos da emergência.

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